segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Financiamento BNDES para Inovação

Para mais informações sobre financiamento BNDES para Inovação veja a apresentação abaixo:
http://www.slideshare.net/acmartins17/2009-12-21-financiamento-inovacao

Instituições como o BNDES consideram o valor das ideias para concessão de financiamentos

Inovadores têm crédito

DA REDAÇÃO- PEGN
Revista PEGN

Há dois anos, depois de criar osso injetável e um composto que acelera em seis vezes o crescimento de partes do esqueleto, o cientista Walter Israel Cabrera, da Universidade de São Paulo (USP), resolveu montar sua própria empresa, a Bioactive. Sem acesso a crédito, no entanto, até pouco tempo atrás o pesquisador tirava do próprio bolso R$ 4 mil por mês para manutenção do negócio, que conta com o apoio da incubadora Cietec, de São Paulo.

Histórias como essa começam a mudar. A Bioactive é uma das 1.800 selecionadas na rodada inicial do Prime — Primeira Empresa Inovadora, da Finep, que vai repassar R$ 120 mil não reembolsáveis, para cada aprovado, a partir deste mês. Com o dinheiro, Cabrera poderá obter registros e adequar o laboratório às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Devemos faturar R$ 350 mil por mês quando começarmos a vender os produtos”, diz.

Cabrera se beneficiou de uma tendência que está ganhando força no Brasil: a incorporação de ativos intangíveis, ou seja, de potencial inovador, e de negócios como parte dos valores de que a empresa dispõe para obtenção de recursos. “Essa já é uma realidade no exterior”, explica a superintendente de Subvenção e Cooperação da Finep, Gina Paladino. O próprio Prime é um exemplo de que a inovação não passa apenas pelas empresas, mas também pelos financiamentos. O programa conta com R$ 1,3 bilhão e deve favorecer cinco mil negócios.

Com o mesmo objetivo, o BNDES se prepara para mudar a metodologia de análise e incluir ideias como garantia de crédito. O sistema já está em teste na instituição, mas sem data para a estreia oficial. “O peso dos ativos intangíveis pode chegar a 50% das exigências para crédito”, explica o gerente do Departamento de Risco e Crédito do banco, Adriano Dias Mendes.

PELO MUNDO Ideias que podem servir de inspiração
Revista PEGN
JAPÃO >>>
Em Tóquio, o brechó Pass The Baton (www.pass-the-baton.com) explora a história dos objetos para vender mais. Os itens vêm com foto e uma biografia do antigo dono
Revista PEGN
FRANÇA >>>
Em Paris, as crianças nem precisam esperar pelo Natal para ter brinquedos novos. É só alugá-los na loja virtual Dim Dom (www.dimdom.fr). Quatro itens custam 19,95 euros por mês

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Empreendedorismo corporativo traz novas oportunidades de negócios

Para implementar o intraempreendedorismo, as empresas precisam desenvolver a cultura da inovação, investir em pessoas criativas e não ter medo de falhar

Atualmente, não basta o funcionário ser capacitado, falar idiomas e se relacionar bem com os colegas de equipe. Tem sido cada vez mais comum as empresas exigirem que eles tenham um espírito empreendedor, senso crítico apurado e que saibam inovar como se fossem proprietários dos negócios. Entretanto, o intraempreendedor, também conhecido como empreendedor corporativo, ainda encontra uma série de obstáculos para implementar novas ideias dentro das empresas, porque grande parte delas não sabe conduzir iniciativas e dar a autonomia necessária para o desenvolvimento de projetos inovadores.

Durante seminário sobre o tema, realizado no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo, na última segunda-feira (14), Jay Rao, professor de tecnologia da Babson College, nos EUA, afirmou que as empresas precisam desenvolver a cultura da inovação, investir em pessoas criativas e não ter medo de falhar. “Infelizmente, as corporações não incentivam o lado empreendedor dos indivíduos porque para isso é necessário apostar em transformações e saber relevar erros de percurso. É comum ver boas ideias serem descartadas devido à insegurança do gestor”, diz.

Marcos Hashimoto, consultor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, diz que para criar a cultura de inovação em uma empresa deve-se estimular a tomada de risco e a criatividade, valorizar a autonomia , aprender a tolerar falhas e apostar na diversidade do time. “Os donos das empresas dizem que querem funcionários empreendedores, porém não estão preparados para lidar com a quebra de normas e nem com críticas aos modelos tradicionais de gestão.”

A indústria de alimentos Arcor iniciou recentemente um programa de incentivo ao empreendedorismo corporativo. Segundo Manuel San Pedro, gerente de inovação corporativa da empresa, os funcionários têm sido constantemente estimulados a propor novas ideias para melhorar desde os produtos alimentícios até o ambiente de trabalho.
“Criamos uma premiação para iniciativas que rendem frutos concretos e em pouco tempo percebemos como as pessoas gostam de participar de mudanças e se sentem valorizadas quando contribuem. Além disso, qualquer empresa que deseja crescer, independente do porte, precisa investir em novidade, em gente antenada com o futuro e sem receio de arriscar. Isso faz com que o negócio passe por melhoras contínuas e esteja sempre à frente da concorrência ”
PEGN 18.12.2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Empresas ainda são pouco empreendedoras

 

Apesar de cada vez mais valorizada, a habilidade de transformar ideias em novos produtos, modelos de negócios ou processos ainda é pouco praticada dentro das empresas latino-americanas. Uma pesquisa inédita feita pelo Fundo Multilateral de Investimentos (MIF), entidade vinculada ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou que os níveis de empreendedorismo corporativo, também conhecido como intraempreendedorismo, ainda são baixos em sete países da América Latina. No Brasil, 70% dos entrevistados consideram médio, baixo ou muito baixo o estágio do desenvolvimento do empreendedorismo dentro das companhias, de acordo com a pesquisa.

''Entre os principais fatores que impedem esse avanço estão a cultura de aversão ao risco e a própria estrutura e hierarquia das grandes corporações'', explica Hugo Kantis, da Universidad Nacional General Sarmiento, da Argentina, e um dos coordenadores da pesquisa, apresentada ontem em um seminário em São Paulo.

O conceito de empreendedorismo corporativo foi cunhado na década de 70 nos Estados Unidos, e ganhou força nos últimos anos com a experiência de empresas inovadoras como o Google, Apple e General Electric. "Elas se reinventam e sobrevivem graças a métodos como a experimentação, a multidisciplinaridade e ambiente colaborativo", diz o professor da Babson College, Jay Rao, especialista no tema.

De acordo com a pesquisa, a percepção do nível do empreendedorismo corporativo no Brasil é melhor que de outros países pesquisados. No México, por exemplo, 83% dos entrevistados consideraram que essa prática ainda ocorre em níveis médio, baixo ou muito baixo. No Uruguai, o porcentual é de 97%.

Falta de confiança no ambiente macroeconômico local, funcionários com comportamento pouco empreendedor e ausência de apoio da diretoria da companhia são alguns dos motivos apontados para a imaturidade do tema nos países avaliados.

Apesar disso, segundo o estudo, dois terços dos entrevistados afirmaram que conhecem ou presenciaram pelo menos quatro experiências de intraempreendedorismo nos últimos três anos. A maioria das iniciativas ocorreu em empresas de porte médio (46% dos casos) ou nas pequenas corporações (42%). Em grandes empreendimentos, o índice cai para 30%, e nas multinacionais, para 15%.

As grandes empresas nacionais e os conglomerados globais, segundo especialistas, têm, de fato, mais dificuldade em promover o empreendedorismo corporativo. Para Rao, essas companhias temem que os novos produtos e/ou negócios que surgem dentro de sua própria estrutura possam ''canibalizar'' os existentes. No entanto, essa filosofia tem mudado. "Lentamente, elas começam a perceber que estimular e incubar ideias dentro de suas estruturas é também uma forma de crescer organicamente", afirma. Direcionar seus processos e funcionários para essa missão, porém, é uma tarefa difícil e de longo prazo, avalia.

Segundo Marcos Hashimoto, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper (ex-Ibmec), as companhias brasileiras de grande porte estão engatinhando no tema. "Elas ainda confundem cultura empreendedora com práticas como a ''caixa de sugestões''", comenta.

Poucas mantêm um programa contínuo de estímulo a novas ideias e soluções entre os funcionários. ''Em uma escala de um a quatro, sendo quatro o grau máximo de intraempreendedorismo, diria que as companhias brasileiras estão no nível 2. Ainda há muito chão pela frente.'' Já as empresas menores tem tido algum destaque, afirma o diretor do Insper. ''As micro e pequenas empresas são naturalmente mais livres e ágeis, o que propicia as iniciativas empreendedoras.''
Marianna Aragão - Estadao 15/12/09

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

BNDES PSI - Inovação



O BNDES divulgou hoje a prorrogação do prazo para PSI-Programa de Apoio à Inovação até 30/06/2010

Objetivo

Apoiar empresas no desenvolvimento de capacidade para empreender atividades inovativas em caráter sistemático, bem como apoiar projetos de inovação de natureza tecnológica que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado.

Forma de Apoio

Direta.

Itens Financiáveis

  1. Projetos de inovação de natureza tecnológica que busquem o desenvolvimento de produtos e/ou processos novos ou significativamente aprimorados (pelo menos para o mercado nacional) e que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado (projetos financiáveis tradicionalmente pela linha Inovação Tecnológica).
  2. Investimentos em capitais tangíveis, incluindo infraestrutura física, e em capitais intangíveis, que deverão ser consistentes com as estratégias de negócios das empresas e ser apresentados conforme modelo de Plano de Investimento em Inovação (PII) que capacitem as empresas a desenvolver atividades inovativas em caráter sistemático (projetos financiáveis tradicionalmente pela linha Capital Inovador).

Valor Mínimo para apoio

R$ 1 milhão

Valor máximo para apoio 

Os investimentos previstos no item 2 terão valor máximo de apoio de R$ 200 milhões, por grupo econômico, no período de 12 meses.

Taxa de Juros

  • Taxa Fixa de 3,5% a.a., nos financiamentos a projetos de inovação tecnológica de que trata o item 1; e
  • Taxa Fixa de 4,5% a.a., nos financiamentos aos investimentos de que trata o item 2.

Prazo Total

  • até 120 meses, no financiamento a projetos de inovação tecnológica de que trata o item 1; e
  • até 96 meses, no financiamento aos investimentos de que trata o item 2

Prazo de Carência

  • até 36 meses de carência para o principal, no financiamento a projetos de inovação tecnológica de que trata o item1; e
  • até 24 meses de carência para o principal, no financiamento aos investimentos de que trata o item 2.

Participação do BNDES

Até 100% do valor dos itens financiáveis.

Garantias

As definidas para o BNDES Finem.

A critério do BNDES, estarão dispensadas da constituição de garantias reais as operações de financiamento que não excedam o limite máximo de R$ 10 milhões de exposição junto ao BNDES, por grupo econômico.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Não reinvente a roda: copie e adapte

O consultor Chuck Lucier comprovou que apenas quatro ideias copiadas e transpostas de um segmento para o outro foram responsáveis por ao menos 80% dos “negócios inovadores” criados nos EUA entre 1965 e 1995


De forma geral, as maiores oportunidades para uma empresa se diferenciar e crescer estão em fazer o que a organização já faz, mas de um jeito um pouco diferente. Como? Por exemplo, copiando e adaptando o que dá certo em empresas de outros ramos.

Num estudo publicado anos atrás, o consultor Chuck Lucier comprovou que apenas quatro ideias copiadas e transpostas de um segmento para o outro foram responsáveis por ao menos 80% dos “negócios inovadores” criados nos EUA entre 1965 e 1995. Cada uma dessas ideias fez sucesso, primeiro, num determinado ramo. Digamos na venda de alimentos. E, aos poucos, foi sendo reaplicada em outros segmentos, como venda de artigos de escritório, de eletro-eletrônicos, de material de construção e assim por diante. Se você analisar a fundo, vai se dar conta de que muitos negócios altamente inovadores, na realidade, são “reinterpretações” de modelos que deram certo em outros mercados.

Para comprovar que pratico o que prego, a Franchise Store, a bem sucedida loja física que comercializa franquias de mais de 60 marcas que meus sócios - Fernando Campora e Filomena Garcia - e eu implantamos em São Paulo há cerca de um ano, foi inspirada nas agências imobiliárias e nos private banks que existem aos montes. E, de certa forma, também nas feiras de franquias. Inovador não foi oferecer várias opções de negócio num único ambiente. Inovador foi usar esse modelo para comercializar franquias, em lugar de imóveis ou fundos de investimento. E num ambiente que, ao contrário das feiras, funciona o ano inteiro.

Na maioria dos casos, adaptar conceitos, modelos e formas de atuar cujo sucesso já foi comprovado em outros tipos de empresa é mais barato, mais fácil de implementar e menos arriscado do que criar formas de atuação ou conceitos de negócio inteiramente novos. Até mesmo porque, cá para nós, não existem diferenças substanciais entre um supermercado, uma loja de roupas, uma usina de concreto, uma escola e um hospital.

O segredo do sucesso está em saber o que imitar, o que adaptar e o que alterar radicalmente. Além, é claro, de ter a equipe certa, capacitada e gerida da forma correta para executar - com disciplina e disposição para fazer acontecer - os processos necessários e transformar os “inputs” necessários (sejam tecidos, cimento, remédios, pessoas, ideias, papel, energia, conhecimento, etc.) em “outputs” (roupas, sapatos, pizzas, livros, softwares, projetos, edifícios ou o que sejam) que tenham valor aos olhos de uma quantidade razoável de consumidores, de tal forma que estes se disponham não só a adquirir esses “outputs”, como também a pagar por eles mais do que custa, à organização, para produzi-los, comercializá-los e entregá-los.

Ou seja: é na gestão que está o segredo do sucesso. O resto é o resto.

* Marcelo Cherto é CEO da GrowBiz, diretor da Franchise Store, sócio da MD Comunicação e membro do Global Advisory Board da Endeavor e da Academia Brasileira de Marketing.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Recursos da inovação tecnológica financiam pesquisa acadêmica 01/12/2009

   

Edital de Subvenção da Finep beneficia empresas-laboratório, que não são produtivas. Projetos de ciência aplicada sem previsão de inserção no mercado não deveriam ser aceitos, diz diretor


O Programa de Subvenção Econômica à Inovação, promovido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência e Tecnologia, já destinou desde 2006, ano de sua criação, R$ 1,454 bilhão em recursos não-reembolsáveis para 564 empresas com projetos de inovação tecnológica. A verba, no entanto - segundo um estudo realizado pela Rede de Entidades Tecnológicas Setoriais (RETS) e a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (PROTEC) -, além de ser alocada a empresas produtivas para o desenvolvimento de inovações que cheguem ao mercado, também é direcionada a empresas-laboratório, que realizam pesquisa acadêmica aplicada.

De acordo com o diretor geral da PROTEC, Roberto Nicolsky, essas empresas-laboratório não possuem experiência em produção e comercialização de produtos e têm como sua única receita as verbas de subvenção. "Várias empresas contempladas pelos editais são, na verdade, apenas pessoas jurídicas de direito privado, sem qualquer presença no mercado. Muitas vezes são criadas um pouco antes do lançamento do edital e não possuem sequer laboratórios de pesquisa", argumenta. Segundo ele, o problema não é relativo ao mérito dos projetos aprovados. "Não está se discutindo aqui a relevância ou a qualidade das propostas apresentadas, mas como se trata de ciência aplicada - e não inovação tecnológica - o Governo, que as considera relevantes, deveria financiá-las através de outros instrumentos, como a encomenda tecnológica, prevista no artigo 20 da Lei de Inovação", pondera.



noticia completa: http://www.protec.org.br/noticias.asp?cod=4902


(Fonte: Fernanda Magnani para Notícias Protec - 01/12/2009)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Oficinas de Inovação

 
Cerca de 19 mil empresários, funcionários e estudantes participaram dos workshops sobre inovação promovidos pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) em 2009. "Queremos desmitificar a inovação nas micro e pequenas empresas e a nossa expectativa foi mais do que superada", disse à Agência Sebrae a analista de inovação e tecnologia do Sebrae Nacional Maria de Lourdes da Silva. No total, foram realizadas 200 palestras com o tema "Como a pequena empresa pode lucrar com a inovação". O Estado com maior número de participantes nos workshops foi Rondônia, com 2223 pessoas em 17 reuniões. Na segunda posição ficou o Paraná, com 1804 pessoas em 17 encontros, seguido por Minas Gerais, com 1758 divididos em dez palestras. Separados por região, o Nordeste promoveu 25% dos workshops. A região Sul realizou a menor quantidade, 18%. Para o próximo ano, estão previstos workshops segmentados para os setores de confecções, construção civil, móveis, agronegócios, comércio e turismo. "A proposta é atendermos os setores de forma separada para garantir um alcance ainda maior e, com isso, uma resposta condizente à inovação que o mercado precisa."
fonte: Valor 27/11/09

BNDES apoia Inovação

Auditório da CIESP de Campinas estava lotado ontem para ouvir os técnicos do BNDES. O foco e a importância que o banco está dando ao tema Inovação merecem aplausos.

A questão é a aplicação pratica destas "teorias" - até que ponto os inumeros envolvidos em processos de aprovação dos pleitos estão afinados com o mesmo discurso.

Aos interessados em obter apoio financeiro a seus projetos / empresas, sugiro apresentar oficialmente suas necessidades. Lembrando que o pedido deve ser muito bem elaborado, objetivo e consistente com o plano de negócios da empresa.

Sucesso

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"The Triple Helix" - A era da inovação em tripé

Autor do conceito de Hélice Tríplice, o professor de Stanford Henry Etzkowitz defende a sinergia entre universidade, indústria e governo para estabelecer novos parâmetros de inovação

Fazer com que a sociedade industrial migre para a sociedade do conhecimento - eis uma forma de sintetizar a finalidade do conceito "Hélice Tríplice", criado por Henry Etzkowitz, professor da Universidade de Stanford (Estados Unidos). Nesta quarta-feira, Etzkowitz teve cerca de uma hora para falar a respeito do tema durante o 2º Congresso Internacional de Inovação, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. A ideia de integrar ações de governo, indústria e universidade - daí o termo "Hélice Tríplice" - percorre o mundo em congressos e seminários, além de estar detalhada minuciosamente no livro "The Triple Helix - University - Industry - Government: Innovation in Action", recém lançado em português.

Para Etzkowitz, é preciso romper com o paradigma de sociedade meramente industrial. Na visão do autor, a sociedade precisa se amparar no conhecimento. "As universidades corporativas são um exemplo que mostram o papel das empresas na formação das pessoas", explica, citando o caso da Vale, cuja universidade corporativa já conta com uma incubadora tecnológica. "É a inovação dentro da inovação", avalia. Ao dar o exemplo da mineradora brasileira, o autor fala não apenas a aproximação entre ensino e mundo empresarial. Segundo o Etzkowitz, o papel do governo nesse tipo de iniciativa é fundamental. "O governo começa a ter um papel mais importante na inovação, com leis, regulamentos, concessão de crédito e incentivo financeiro a novas empresas", afirma. A criação de parques tecnológicos e incubadoras em universidades é, na visão dele, um caso emblemático de Hélice Tríplice - em que governo, iniciativa privada e academia se complementam.

Na visão de Etzkowitz, as universidades precisam sair da posição secundária que ocupam, hoje, na sociedade. "Elas têm de ser tão importantes quanto a indústria e o governo", apregoa. Conforme a teoria, as interações entre esses três eixos se estreitam à medida que se tornam mais livres - até o momento em que geram "inovações dentro da inovação", como diz Etzkowitz. "Estive em uma formatura na PUC Rio um tempo atrás. Não eram alunos que estavam se formando, eram empresas incubadas", lembra. Ao trabalhar com incubadoras, diz o professor, as pessoas aprendem a constituir uma organização - ou seja, uma empresa: "Aí, cresce o papel delas na sociedade".

Hoje, é comum ouvir falar de patentes e propriedade intelectual dentro de empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento. Para o criador do conceito de Hélice Tríplice, o ideal é fazer com que a inovação rompa as barreiras do mundo empresarial. "A sociedade industrial cria pessoas cartesianas, que mantêm empregos vitalícios. Neste novo conceito, há mudanças, implicações e interações", explica. Uma dessas mudanças é a forma de abordar crises econômicas. Etzkowitz conta que na sociedade do conhecimento sempre estão surgindo novas capacidades produtivas. "Quando tudo está mais integrado, chamo isso de emergência do conhecimento polivalente, algo que está entre o teórico e o prático, que pode ser publicado e patenteado", destaca. Para ele, propriedade intelectual não é apenas pesquisa e desenvolvimento: "É também trabalho acadêmico. Assim, a universidade modifica seu formato e assume a identidade de negócio".

Baseado nisso, Etzkowitz sugere a transferência de conhecimento docente para empresas e de executivos para as universidades. Tudo incentivado pelos governos. "Veja, por exemplo, a regra de um quinto dos Estados Unidos, onde os professores são consultores de empresas uma vez por semana. É a reinvenção dos papéis", exemplifica. Para auxiliar essa transição, o autor recomenda que os governos interfiram por meio de fundos de suporte ou aliviando a carga tributária - e elogia a Lei de Informática brasileira, que isenta o setor produtivo de vários impostos.

fonte: Ricardo Lacerda / Redação de AMANHÃ

terça-feira, 24 de novembro de 2009

BNDES INOVAÇÃO - palestra em Campinas

26/11/2009 às 18h

Direcionada às empresas que planejam investir em inovação e no desenvolvimento ou melhoria de seus produtos e processos, a palestra é a melhor ocasião para conhecer as linhas de financiamento do Banco à inovação e esclarecer dúvidas com a equipe técnica do BNDES.

Haverá ainda orientação sobre como encaminhar o pedido de apoio financeiro e qual é a opção mais adequada para cada necessidade de investimento.

Credenciamento às 17h30. Início da palestra às 18h.

inscreva-se pelo site:
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Agenda_de_Eventos/

Inovação tecnológica ainda não chega às empresas do País

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Brasil só detém 0,2% do total de patentes. Inovação deve ser uma agenda prioritariamente empresarial e não apenas governamental e acadêmica, afirma gerente da CNI

Num mundo em que as nações desenvolvidas e emergentes consideram a inovação tecnológica essencial para conquistar novos mercados e igualmente manter sua clientela, o Brasil vive um descasamento entre a universidade - onde se concentram os esforços de pesquisa e inovação - e a empresa.

Para se ter uma ideia desse hiato, enquanto o Brasil é responsável por 2,2% da produção científica mundial, o país só detém hoje 0,2% do total de patentes.

"Produzimos conhecimento, mas não há transferência tecnológica para que as empresas possam usufruir os benefícios das inovações", admite o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Mota.

Outro dado que chama atenção, presente no último relatório do "World Intellectual Property Indicators", é que 84,2% das patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), à espera de aprovação, são de pessoas não residentes no Brasil. O Governo, porém, diz que pretende elevar os investimentos em inovação dos atuais 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no País) para 1,5% em 2010.

Segundo Mota, além dos incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento, que no ano passado somaram R$ 9 bilhões, contra R$ 5,1 bilhões em 2007, os recursos para financiamento de projetos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vão crescer de R$ 2,2 bilhões este ano para cerca de R$ 3 bilhões em 2010. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), outra fonte de apoio na área de inovação, diz que já desembolsou R$ 352 milhões este ano em 50 projetos.

Para o diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Universidade de Brasília, Afonso Bermudes, o melhor meio de repassar o conhecimento à sociedade é via empresa, que precisa ser incentivada e alertada. No CDT há uma incubadora de onde já saíram 80 empresas com 300 produtos.

"As empresas nunca foram incentivadas a procurar a universidade. Como há 40 anos as grandes empresas eram multinacionais, estas mantinham relações com as universidades de seus países. Agora, a universidade não é apenas formadora, mas também pesquisadora", destacou Bermudes.

Segundo o acadêmico, nos países desenvolvidos, sempre houve políticas vigorosas de incentivo para que o conhecimento chegue à sociedade. Ele citou como exemplo a TV digital."As universidades foram chamadas e foi dito a elas: proponham um modelo".

Inovação também deve estar na agenda das empresas

A gerente de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diana de Mello Jungmann, alerta que a inovação deve ser uma agenda prioritariamente empresarial e não apenas governamental e acadêmica, como ocorre atualmente. Ela adverte que a preocupação com melhorias em produtos, processos e tecnologia ainda não chegou ao chão das fábricas e, se permanecer concentrada na academia, não terá expansão sustentável.

"Inovação é a capacidade empresarial de transformar boas ideias em PIB e não em paper (texto acadêmico). A inovação precisa ser apropriada pela empresa, para ser comercializada de forma sustentável. Isto requer uma atenção especial para as questões que envolvem o correto uso do sistema de propriedade intelectua".

Por isso, a CNI deve lançar até fevereiro uma cartilha voltada para os empresários com o objetivo de disseminar a cultura inovadora. Esse foi um dos acertos de um documento enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por empresários de grande porte em outubro, para fomentar a inovação no País. O plano tem como meta dobrar o número de companhias inovadoras brasileiras em quatro anos, saltando para 60 mil empresas.

A diretora-superintendente da área de Subvenção e Cooperação da Finep, Gina Paladino, disse que, apesar da defasagem, o número e a qualidade de empresas que trabalham com universidades vêm aumentando. Segundo ela, há 400 incubadoras de empresas no País, a maioria vinculada a institutos de pesquisa.

Os principais projetos são das áreas de remédios, biotecnologia e mecânica de precisão: "Boa parte dos empreendedores são oriundos de universidades. Inovar dá dinheiro".

Há casos de sucesso. Roberto Lins de Macêdo é um exemplo. Era ainda estudante na Universidade de Fortaleza quando criou, como trabalho de conclusão do curso de engenharia eletrônica, o Sistema de Apoio ao Combate de Incidentes (Saci).

Trata-se de um robô controlado à distância para combater incêndio, considerado o equipamento com maior capacidade de vazão de jato de água do mundo, o que rendeu à empresa de Macêdo, a Armtec, 30 prêmios nacionais e internacionais e um faturamento de R$ 850 mil em 2008.

Por sua vez, José Moniz, diretor de Novos Negócios da Ited, de São Paulo, criou em parceria com uma universidade paulista, o Valequa, usado para medir desempenho de atletas de natação.

É uma espécie de carrinho sobre trilhos que acompanha o nadador desde o momento da entrada na piscina até a conclusão da prova. Uma câmera subaquática registra em arquivo digital a performance do atleta e um software converte as informações capturadas em gráficos.

(Fonte: O Globo - 15/11/2009)

FIR Capital aposta em inovação na microempresa

Gestora lança fundos de atuação regional, com valores entre 15 e 20 milhões, para financiar empresas de base tecnológica. Quatro fundos devem começar a operar no início de 2010

A FIR Capital, gestora de fundos focada em empreendimentos de base tecnológica, vai ampliar o seu foco de atuação. Até o início de 2010 a empresa reforça a sua carteira com o lançamento de fundos de investimento com capital total de R$ 620 milhões. Um terço desse valor será destinado a micro e pequenas empresas de inovação.

Fundada em 1999, a gestora sempre teve como foco empresas com faturamento de até R$ 150 milhões por ano, com relativo reconhecimento no mercado e que precisavam de investimentos para aquisições ou expansão mais significativa. Com os lançamentos, a gestora triplica a sua oferta de fundos de investimento. Atualmente ela mantém um fundo com capital aproximado de R$ 170 milhões.

A FIR Capital participou, no fim do ano passado, de uma seleção feita pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) de projetos focados em empresas de capital nascente ("seed money"). A estratégia da gestora consiste em lançar fundos de atuação regional, com valores entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, sempre em sociedade com gestoras locais.

Até agora, a empresa FIR Capital registrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quatro fundos, que devem começar a operar no primeiro trimestre de 2010. A expectativa é garantir um capital de R$ 120 milhões a R$ 150 milhões para esses empreendimentos. "Em quatro ou cinco anos haverá no Brasil mais espaço na Bolsa de Valores para que pequenas empresas de base tecnológica possam abrir o capital. Nosso objetivo é começar a preparar o terreno para esse mercado", afirma o presidente da FIR Capital, David Travesso Neto. Hoje, diz, o país é rico em micro e pequenas empresas atrativas. "Acredito que no médio prazo haverá mais disponibilidade de capital e maior disputa por essas empresas", diz.

A FIR Capital analisou os principais pólos tecnológicos do país e iniciou o lançamento de fundos (com aportes da Finep) para empresas de São Carlos, Recife e Florianópolis. Em São Carlos, a empresa lançou, em associação com a Agilis Consultoria, o Fintech, focado em empresas de capital nascente sediadas em um raio de até 100 quilômetros de São Carlos.

O fundo tem aporte de R$ 15 milhões, que serão investidos em até 14 empresas das áreas de novos materiais, robótica, tecnologia agroindustrial e biotecnologia, diz o diretor e fundador da Agilis, Marcos Bernasconi. Até agora, a gestora avaliou 60 empresas de pequeno porte, com faturamento anual de até R$ 2,5 milhões, e aprovou duas como possíveis sócias. O fundo entra como sócio minoritário e investe o capital por até cinco anos. Sua permanência no conselho da empresa pode durar de sete a nove anos. A expectativa é que o Fintech alcance rendimento de 300% no prazo de sete anos.

Além do Fintech, a FIR Capital registrou na CVM o Fundo Recife, que tem como gestor parceiro a C.E.S.A.R Participações, e capital comprometido de R$ 20 milhões; e o Fundo Santa Catarina, com capital de R$ 15 milhões e a gestora BZ Plan como parceira local. Ambos devem ser lançados em 2010. "Em meados do próximo ano também serão lançados fundos com esse mesmo modelo de atuação regional em Brasília, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São José dos Campos", afirma Travesso.

Para empresas de maior porte, a FIR Capital lança no início do próximo ano um fundo com capital de aproximadamente R$ 250 milhões (DFJ FIR Brazil), que terá como foco empresas de atuação nacional. "O objetivo é investir em empresas que já passaram pela fase de consolidação no mercado regional e buscam atuar em nível nacional ou internacional", afirma Travesso. A gestora também deve iniciar as operações de um fundo focado em empresas de biotecnologia, que tem capital de R$ 220 milhões e será administrado em parceria com a Fundação Biominas.

(Fonte: Valor Econômico - 20/11/2009)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Uma mensagem a todos os membros de Novas Perspectivas sobre Inovação para o Brasil

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Somente para lembrá-los estamos em processo de convocação de ativistas para debater no palco da Symnetics o tema
"Inovação para o Brasil"

No site tem mais explicação sobre como participar

Aproveito para agradecer o pessoal que prontamente já responderam ao desafio!

Fecharemos a convocação amanhã!

Abraço a todos!
Visite Novas Perspectivas sobre Inovação para o Brasil em:
"http://www.ativistadainovacao.com.br/"

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CNPq divulga o resultado da 3ª rodada do Edital RHAE

Foram selecionados 55 projetos de pesquisa que serão desenvolvidos dentro de micro, pequenas e médias empresas de 12 estados. Pesquisadores vão apoiar inovação nas empresas

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) divulgou o resultado da terceira rodada do Edital RHAE - Pesquisador na Empresa. Foram selecionados 55 projetos de pesquisa que serão desenvolvidos dentro de micro, pequenas e médias empresas de 12 estados.

O edital pretende apoiar pesquisas que promovam o desenvolvimento tecnológico de produtos ou processos para aumentar a competitividade das empresas por meio da inovação, do adensamento tecnológico e da dinamização das cadeias produtivas. Ao todo serão investidos R$ 26 milhões provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

Com essa ação, o CNPq busca principalmente apoiar as atividades de pesquisa tecnológica e de inovação que estimulem a inserção de mestres e doutores nas empresas. Serão financiadas bolsas de fomento tecnológico, compreendendo a modalidade de Bolsa de Estímulo à Fixação de Recursos Humanos de Interesse dos Fundos Setoriais (SET), além de bolsas de Iniciação Tecnológica Industrial (ITI) e bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI).

Confira o resultado em: http://www.cnpq.br/resultados/2009/067.htm.

(Fonte: Agência MCT - 12/11/2009)

Programa de inovação entre Brasil e França 10/11/2009


Projetos deverão contemplar desenvolvimento de produtos inovadores que atendam necessidade imediata do mercado. Inscrições vão até 15 de janeiro de 2010

Estão abertas as inscrições para o Programa Oseo/Finep, que vai selecionar projetos de inovação desenvolvidos em parceria por empresas brasileiras e francesas. O Acordo de Cooperação Tecnológica, assinado pelos dois países no dia 7 de maio deste ano, prevê que o programa tenha uma duração inicial de cinco anos. O montante de recursos só será definido em 2010, após a seleção das propostas. A Oseo é a agência de inovação da França, equivalente à Finep no Brasil.

Os projetos devem ser complementares e desenvolvidos por uma empresa nacional e uma francesa. As propostas devem ser apresentadas às duas agências - escrita em francês para a Oseo e em português para a Finep. O prazo para inscrição vai até 15 de janeiro de 2010. As propostas deverão ser apresentadas em formulário eletrônico específico que será disponibilizado em breve. O resultado da primeira seleção sai até o dia 5 de março.

Os projetos deverão contemplar o desenvolvimento de produtos inovadores que atendam a uma necessidade imediata do mercado. Centros de pesquisas, universidades e empresas de outros países poderão integrar o projeto na qualidade de participantes, excluída a possibilidade de figurarem como proponentes do projeto.

A Oseo Inovação é a principal fonte de ajuda a pequenas e médias empresas inovadoras na França, tendo apoiado cerca de cinco mil delas em 2008, com aportes de 800 milhões de euros. A França tem hoje mais da metade de seus pesquisadores trabalhando no setor privado - 56% - e, de seus gastos com P&D, 63% são feitos por empresas, que têm fortes incentivos fiscais. O país ocupa hoje o 2º lugar na Europa e o 5º mundial em termos de depósitos de patentes.

(Fonte: Finep - 10/11/2009)

Sebrae assina acordo para integração entre Brasil e Itália 11/11/2009


Para presidente da entidade, acordos possibilitam transferência tecnológica entre os países. Meta é que pequenos negócios no Brasil tenham à disposição ferramentas tecnológicas, diz

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Nacional assinou, nesta terça-feira (10/11), em São Paulo, um acordo de cooperação com a Secretaria-Geral da Presidência da República e um protocolo de intenções com o Ministério do Desenvolvimento Econômico da República Italiana. Os documentos foram assinados durante a abertura do 2º Fórum Econômico Brasil-Itália, que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O acordo de cooperação, assinado pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e o ministro da Secretaria-Geral, Luiz Dulci, tem por objetivo contribuir para a criação, desenvolvimento e ampliação das ações, projetos e programas nas regiões italianas da Emilia Romagna, Marche, Toscana e Úmbria.

Desde 2004, o Sebrae e o governo federal vêm desenvolvendo ações de cooperação entre empresas brasileiras e dessas regiões italianas, na transferência de tecnologia, encontros de negócios, entre outros.

Já o protocolo de intenções com o Ministério do Desenvolvimento Italiano terá como foco a promoção e o desenvolvimento de setores considerados de interesse prioritário entre os dois países, como têxtil-vestuário, alimentício, couro e produção de calçados, madeira e produção de móveis, mármores e granitos, componentes eletrônicos e eletrotécnicos, agropecuária, setor sucroalcooleiro, papel-papelão e mineração.

Entre as ações desenvolvidas, o protocolo prevê a troca de informações sobre as melhores práticas em uso nos dois países, referentes à facilitação do desenvolvimento de negócios; à utilização de todas as infra-estruturas, inclusive banco de dados e serviços de comércio eletrônico disponíveis, com finalidade de aumentar as conexões que possam facilitar e acelerar os contatos diretos entre as empresas brasileiras e italianas.

Para o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, os acordos possibilitam ao Sebrae e aos parceiros a transferência de tecnologia entre os dois países no que diz respeito ao desenvolvimento dos pequenos negócios. "Estamos reforçando ações que já estão sendo desenvolvidas. Muito mais do que trazer modelos pré-estabelecidos, queremos que os pequenos negócios no Brasil tenham à disposição ferramentas tecnológicas e informações sobre o comércio europeu".

O protocolo visa também promover a formação de empresas mistas e de eventuais outras formas de colaboração comercial e industrial por meio da organização de missões setoriais de empresários nas regiões que melhor ofereçam oportunidades de crescimento.

Visita ao Brasil

Cerca de 300 empresários italianos estão nesta semana no Brasil para participar de mais de 1.600 encontros de negócios. A missão italiana é liderada pelo ministro do Desenvolvimento Econômico da Itália, Claudio Scajola, e o presidente mundial do Instituto Italiano para Comércio Exterior, Umberto Vattani. A delegação traz empresários de diversos setores, com destaque para infra-estrutura, tecnologia, energia e mecânica, visando a parcerias nas áreas contempladas pelo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento.

Empresas especializadas em eventos esportivos também participam da missão, entre elas, a Technogym, fabricante de produtos e serviços dirigidos às áreas esportivas e fornecedora oficial dos Jogos Pan-Americanos no Rio (2007), Jogos Olímpicos de Sidney, Pequim e jogos de Singapura em 2010. A empresa busca oportunidades nos próximos dois grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil em 2014 e 2016.


(Fonte: Agência Sebrae de Notícias - 10/11/2009)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Inovar é preciso mas receber apoio é imprescindível

O movimento pró-inovação aplicado ao chão de fábrica fará a grande diferença. A maioria dos executivos ainda continua associando inovação a invenção. Se nao for radical nao é inovação mas "simples melhoria" - ao observar o exemplo do Japao, China, India, Korea, entre outros, percebemos o quanto esta visão é miope e o quanto prejudica o espirito inovador nas empresas.

Há muitos anos atrás eu já observava o seguinte comportamento em uma grande empresa multinacional: o plano de sugestoes oficial oferecia premiação em dinheiro aos empregados e isso era sem duvida um grande estímulo. Pilhas de sugestões chegavam às mesas dos engenheiros, tecnicos e outros, e o que faziam? viam nas sugestoes "CRÍTICAS" ao seu trabalho. Talvez nem fosse consciente mas a conduta era mais ou menos assim: - Tenho que derrubar cada sugestao; provar que está errada, que nao funciona, pois do contrario a gerencia poderá dizer: - era tão óbvio que um operário pode ver e sugerir e voce, do alto de seus diplomas nao viu!

Comportamento anti-inovador motivado pela insegurança.

Atualmente, em outro nível observo a seguinte conduta de executivos diante de ações claramente invadoras no chão de fábrica: -Esta empresa tem "OBRIGAÇÃO" de ser constantemente inovadora, se nao sai do mercado. É verdade. Tem que ser inovadora, mas poderia não ser e mais tarde talvez sair mesmo do mercado. Isso nao deve ser justificativa para nao apoiar esta empresa que inova. Ela deve receber apoio financeiro e técnico dos orgãos de fomento para continuar sendo inovadora, correndo riscos de mercado, agregando valor aos seus produtos, gerando empregos e riqueza para toda a comunidade.

Temos um longo caminho pela frente.

Martins