segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Financiamento BNDES para Inovação

Para mais informações sobre financiamento BNDES para Inovação veja a apresentação abaixo:
http://www.slideshare.net/acmartins17/2009-12-21-financiamento-inovacao

Instituições como o BNDES consideram o valor das ideias para concessão de financiamentos

Inovadores têm crédito

DA REDAÇÃO- PEGN
Revista PEGN

Há dois anos, depois de criar osso injetável e um composto que acelera em seis vezes o crescimento de partes do esqueleto, o cientista Walter Israel Cabrera, da Universidade de São Paulo (USP), resolveu montar sua própria empresa, a Bioactive. Sem acesso a crédito, no entanto, até pouco tempo atrás o pesquisador tirava do próprio bolso R$ 4 mil por mês para manutenção do negócio, que conta com o apoio da incubadora Cietec, de São Paulo.

Histórias como essa começam a mudar. A Bioactive é uma das 1.800 selecionadas na rodada inicial do Prime — Primeira Empresa Inovadora, da Finep, que vai repassar R$ 120 mil não reembolsáveis, para cada aprovado, a partir deste mês. Com o dinheiro, Cabrera poderá obter registros e adequar o laboratório às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Devemos faturar R$ 350 mil por mês quando começarmos a vender os produtos”, diz.

Cabrera se beneficiou de uma tendência que está ganhando força no Brasil: a incorporação de ativos intangíveis, ou seja, de potencial inovador, e de negócios como parte dos valores de que a empresa dispõe para obtenção de recursos. “Essa já é uma realidade no exterior”, explica a superintendente de Subvenção e Cooperação da Finep, Gina Paladino. O próprio Prime é um exemplo de que a inovação não passa apenas pelas empresas, mas também pelos financiamentos. O programa conta com R$ 1,3 bilhão e deve favorecer cinco mil negócios.

Com o mesmo objetivo, o BNDES se prepara para mudar a metodologia de análise e incluir ideias como garantia de crédito. O sistema já está em teste na instituição, mas sem data para a estreia oficial. “O peso dos ativos intangíveis pode chegar a 50% das exigências para crédito”, explica o gerente do Departamento de Risco e Crédito do banco, Adriano Dias Mendes.

PELO MUNDO Ideias que podem servir de inspiração
Revista PEGN
JAPÃO >>>
Em Tóquio, o brechó Pass The Baton (www.pass-the-baton.com) explora a história dos objetos para vender mais. Os itens vêm com foto e uma biografia do antigo dono
Revista PEGN
FRANÇA >>>
Em Paris, as crianças nem precisam esperar pelo Natal para ter brinquedos novos. É só alugá-los na loja virtual Dim Dom (www.dimdom.fr). Quatro itens custam 19,95 euros por mês

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Empreendedorismo corporativo traz novas oportunidades de negócios

Para implementar o intraempreendedorismo, as empresas precisam desenvolver a cultura da inovação, investir em pessoas criativas e não ter medo de falhar

Atualmente, não basta o funcionário ser capacitado, falar idiomas e se relacionar bem com os colegas de equipe. Tem sido cada vez mais comum as empresas exigirem que eles tenham um espírito empreendedor, senso crítico apurado e que saibam inovar como se fossem proprietários dos negócios. Entretanto, o intraempreendedor, também conhecido como empreendedor corporativo, ainda encontra uma série de obstáculos para implementar novas ideias dentro das empresas, porque grande parte delas não sabe conduzir iniciativas e dar a autonomia necessária para o desenvolvimento de projetos inovadores.

Durante seminário sobre o tema, realizado no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo, na última segunda-feira (14), Jay Rao, professor de tecnologia da Babson College, nos EUA, afirmou que as empresas precisam desenvolver a cultura da inovação, investir em pessoas criativas e não ter medo de falhar. “Infelizmente, as corporações não incentivam o lado empreendedor dos indivíduos porque para isso é necessário apostar em transformações e saber relevar erros de percurso. É comum ver boas ideias serem descartadas devido à insegurança do gestor”, diz.

Marcos Hashimoto, consultor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, diz que para criar a cultura de inovação em uma empresa deve-se estimular a tomada de risco e a criatividade, valorizar a autonomia , aprender a tolerar falhas e apostar na diversidade do time. “Os donos das empresas dizem que querem funcionários empreendedores, porém não estão preparados para lidar com a quebra de normas e nem com críticas aos modelos tradicionais de gestão.”

A indústria de alimentos Arcor iniciou recentemente um programa de incentivo ao empreendedorismo corporativo. Segundo Manuel San Pedro, gerente de inovação corporativa da empresa, os funcionários têm sido constantemente estimulados a propor novas ideias para melhorar desde os produtos alimentícios até o ambiente de trabalho.
“Criamos uma premiação para iniciativas que rendem frutos concretos e em pouco tempo percebemos como as pessoas gostam de participar de mudanças e se sentem valorizadas quando contribuem. Além disso, qualquer empresa que deseja crescer, independente do porte, precisa investir em novidade, em gente antenada com o futuro e sem receio de arriscar. Isso faz com que o negócio passe por melhoras contínuas e esteja sempre à frente da concorrência ”
PEGN 18.12.2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Empresas ainda são pouco empreendedoras

 

Apesar de cada vez mais valorizada, a habilidade de transformar ideias em novos produtos, modelos de negócios ou processos ainda é pouco praticada dentro das empresas latino-americanas. Uma pesquisa inédita feita pelo Fundo Multilateral de Investimentos (MIF), entidade vinculada ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou que os níveis de empreendedorismo corporativo, também conhecido como intraempreendedorismo, ainda são baixos em sete países da América Latina. No Brasil, 70% dos entrevistados consideram médio, baixo ou muito baixo o estágio do desenvolvimento do empreendedorismo dentro das companhias, de acordo com a pesquisa.

''Entre os principais fatores que impedem esse avanço estão a cultura de aversão ao risco e a própria estrutura e hierarquia das grandes corporações'', explica Hugo Kantis, da Universidad Nacional General Sarmiento, da Argentina, e um dos coordenadores da pesquisa, apresentada ontem em um seminário em São Paulo.

O conceito de empreendedorismo corporativo foi cunhado na década de 70 nos Estados Unidos, e ganhou força nos últimos anos com a experiência de empresas inovadoras como o Google, Apple e General Electric. "Elas se reinventam e sobrevivem graças a métodos como a experimentação, a multidisciplinaridade e ambiente colaborativo", diz o professor da Babson College, Jay Rao, especialista no tema.

De acordo com a pesquisa, a percepção do nível do empreendedorismo corporativo no Brasil é melhor que de outros países pesquisados. No México, por exemplo, 83% dos entrevistados consideraram que essa prática ainda ocorre em níveis médio, baixo ou muito baixo. No Uruguai, o porcentual é de 97%.

Falta de confiança no ambiente macroeconômico local, funcionários com comportamento pouco empreendedor e ausência de apoio da diretoria da companhia são alguns dos motivos apontados para a imaturidade do tema nos países avaliados.

Apesar disso, segundo o estudo, dois terços dos entrevistados afirmaram que conhecem ou presenciaram pelo menos quatro experiências de intraempreendedorismo nos últimos três anos. A maioria das iniciativas ocorreu em empresas de porte médio (46% dos casos) ou nas pequenas corporações (42%). Em grandes empreendimentos, o índice cai para 30%, e nas multinacionais, para 15%.

As grandes empresas nacionais e os conglomerados globais, segundo especialistas, têm, de fato, mais dificuldade em promover o empreendedorismo corporativo. Para Rao, essas companhias temem que os novos produtos e/ou negócios que surgem dentro de sua própria estrutura possam ''canibalizar'' os existentes. No entanto, essa filosofia tem mudado. "Lentamente, elas começam a perceber que estimular e incubar ideias dentro de suas estruturas é também uma forma de crescer organicamente", afirma. Direcionar seus processos e funcionários para essa missão, porém, é uma tarefa difícil e de longo prazo, avalia.

Segundo Marcos Hashimoto, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper (ex-Ibmec), as companhias brasileiras de grande porte estão engatinhando no tema. "Elas ainda confundem cultura empreendedora com práticas como a ''caixa de sugestões''", comenta.

Poucas mantêm um programa contínuo de estímulo a novas ideias e soluções entre os funcionários. ''Em uma escala de um a quatro, sendo quatro o grau máximo de intraempreendedorismo, diria que as companhias brasileiras estão no nível 2. Ainda há muito chão pela frente.'' Já as empresas menores tem tido algum destaque, afirma o diretor do Insper. ''As micro e pequenas empresas são naturalmente mais livres e ágeis, o que propicia as iniciativas empreendedoras.''
Marianna Aragão - Estadao 15/12/09

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

BNDES PSI - Inovação



O BNDES divulgou hoje a prorrogação do prazo para PSI-Programa de Apoio à Inovação até 30/06/2010

Objetivo

Apoiar empresas no desenvolvimento de capacidade para empreender atividades inovativas em caráter sistemático, bem como apoiar projetos de inovação de natureza tecnológica que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado.

Forma de Apoio

Direta.

Itens Financiáveis

  1. Projetos de inovação de natureza tecnológica que busquem o desenvolvimento de produtos e/ou processos novos ou significativamente aprimorados (pelo menos para o mercado nacional) e que envolvam risco tecnológico e oportunidades de mercado (projetos financiáveis tradicionalmente pela linha Inovação Tecnológica).
  2. Investimentos em capitais tangíveis, incluindo infraestrutura física, e em capitais intangíveis, que deverão ser consistentes com as estratégias de negócios das empresas e ser apresentados conforme modelo de Plano de Investimento em Inovação (PII) que capacitem as empresas a desenvolver atividades inovativas em caráter sistemático (projetos financiáveis tradicionalmente pela linha Capital Inovador).

Valor Mínimo para apoio

R$ 1 milhão

Valor máximo para apoio 

Os investimentos previstos no item 2 terão valor máximo de apoio de R$ 200 milhões, por grupo econômico, no período de 12 meses.

Taxa de Juros

  • Taxa Fixa de 3,5% a.a., nos financiamentos a projetos de inovação tecnológica de que trata o item 1; e
  • Taxa Fixa de 4,5% a.a., nos financiamentos aos investimentos de que trata o item 2.

Prazo Total

  • até 120 meses, no financiamento a projetos de inovação tecnológica de que trata o item 1; e
  • até 96 meses, no financiamento aos investimentos de que trata o item 2

Prazo de Carência

  • até 36 meses de carência para o principal, no financiamento a projetos de inovação tecnológica de que trata o item1; e
  • até 24 meses de carência para o principal, no financiamento aos investimentos de que trata o item 2.

Participação do BNDES

Até 100% do valor dos itens financiáveis.

Garantias

As definidas para o BNDES Finem.

A critério do BNDES, estarão dispensadas da constituição de garantias reais as operações de financiamento que não excedam o limite máximo de R$ 10 milhões de exposição junto ao BNDES, por grupo econômico.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Não reinvente a roda: copie e adapte

O consultor Chuck Lucier comprovou que apenas quatro ideias copiadas e transpostas de um segmento para o outro foram responsáveis por ao menos 80% dos “negócios inovadores” criados nos EUA entre 1965 e 1995


De forma geral, as maiores oportunidades para uma empresa se diferenciar e crescer estão em fazer o que a organização já faz, mas de um jeito um pouco diferente. Como? Por exemplo, copiando e adaptando o que dá certo em empresas de outros ramos.

Num estudo publicado anos atrás, o consultor Chuck Lucier comprovou que apenas quatro ideias copiadas e transpostas de um segmento para o outro foram responsáveis por ao menos 80% dos “negócios inovadores” criados nos EUA entre 1965 e 1995. Cada uma dessas ideias fez sucesso, primeiro, num determinado ramo. Digamos na venda de alimentos. E, aos poucos, foi sendo reaplicada em outros segmentos, como venda de artigos de escritório, de eletro-eletrônicos, de material de construção e assim por diante. Se você analisar a fundo, vai se dar conta de que muitos negócios altamente inovadores, na realidade, são “reinterpretações” de modelos que deram certo em outros mercados.

Para comprovar que pratico o que prego, a Franchise Store, a bem sucedida loja física que comercializa franquias de mais de 60 marcas que meus sócios - Fernando Campora e Filomena Garcia - e eu implantamos em São Paulo há cerca de um ano, foi inspirada nas agências imobiliárias e nos private banks que existem aos montes. E, de certa forma, também nas feiras de franquias. Inovador não foi oferecer várias opções de negócio num único ambiente. Inovador foi usar esse modelo para comercializar franquias, em lugar de imóveis ou fundos de investimento. E num ambiente que, ao contrário das feiras, funciona o ano inteiro.

Na maioria dos casos, adaptar conceitos, modelos e formas de atuar cujo sucesso já foi comprovado em outros tipos de empresa é mais barato, mais fácil de implementar e menos arriscado do que criar formas de atuação ou conceitos de negócio inteiramente novos. Até mesmo porque, cá para nós, não existem diferenças substanciais entre um supermercado, uma loja de roupas, uma usina de concreto, uma escola e um hospital.

O segredo do sucesso está em saber o que imitar, o que adaptar e o que alterar radicalmente. Além, é claro, de ter a equipe certa, capacitada e gerida da forma correta para executar - com disciplina e disposição para fazer acontecer - os processos necessários e transformar os “inputs” necessários (sejam tecidos, cimento, remédios, pessoas, ideias, papel, energia, conhecimento, etc.) em “outputs” (roupas, sapatos, pizzas, livros, softwares, projetos, edifícios ou o que sejam) que tenham valor aos olhos de uma quantidade razoável de consumidores, de tal forma que estes se disponham não só a adquirir esses “outputs”, como também a pagar por eles mais do que custa, à organização, para produzi-los, comercializá-los e entregá-los.

Ou seja: é na gestão que está o segredo do sucesso. O resto é o resto.

* Marcelo Cherto é CEO da GrowBiz, diretor da Franchise Store, sócio da MD Comunicação e membro do Global Advisory Board da Endeavor e da Academia Brasileira de Marketing.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Recursos da inovação tecnológica financiam pesquisa acadêmica 01/12/2009

   

Edital de Subvenção da Finep beneficia empresas-laboratório, que não são produtivas. Projetos de ciência aplicada sem previsão de inserção no mercado não deveriam ser aceitos, diz diretor


O Programa de Subvenção Econômica à Inovação, promovido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência e Tecnologia, já destinou desde 2006, ano de sua criação, R$ 1,454 bilhão em recursos não-reembolsáveis para 564 empresas com projetos de inovação tecnológica. A verba, no entanto - segundo um estudo realizado pela Rede de Entidades Tecnológicas Setoriais (RETS) e a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (PROTEC) -, além de ser alocada a empresas produtivas para o desenvolvimento de inovações que cheguem ao mercado, também é direcionada a empresas-laboratório, que realizam pesquisa acadêmica aplicada.

De acordo com o diretor geral da PROTEC, Roberto Nicolsky, essas empresas-laboratório não possuem experiência em produção e comercialização de produtos e têm como sua única receita as verbas de subvenção. "Várias empresas contempladas pelos editais são, na verdade, apenas pessoas jurídicas de direito privado, sem qualquer presença no mercado. Muitas vezes são criadas um pouco antes do lançamento do edital e não possuem sequer laboratórios de pesquisa", argumenta. Segundo ele, o problema não é relativo ao mérito dos projetos aprovados. "Não está se discutindo aqui a relevância ou a qualidade das propostas apresentadas, mas como se trata de ciência aplicada - e não inovação tecnológica - o Governo, que as considera relevantes, deveria financiá-las através de outros instrumentos, como a encomenda tecnológica, prevista no artigo 20 da Lei de Inovação", pondera.



noticia completa: http://www.protec.org.br/noticias.asp?cod=4902


(Fonte: Fernanda Magnani para Notícias Protec - 01/12/2009)