quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imitar e inovar

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Com o título "Imitação é mais valiosa do que inovação", Oded Shenkar, diretor da Ford Automóveis e professor da Universidade de Ohio, em entrevista para a "Harvard Business Review", enfatizou como a imitação é altamente relevante para o avanço tanto dos negócios quanto da ciência. Sua defesa baseou-se em levantamento sobre modelos de negócio e pesquisas científicas que detectou o valor fundamental da imitação para gerar os bons resultados alcançados.

Entre os casos estudados destacaram-se as experiências da rede Walmart (que se inspirou no Korvette); do McDonald ' s (que se baseou no White Castle); no Visa, MasterCard e American Express, que teriam seguido as trilhas desbravadas pelo Dinners Club; e ainda a Apple, que quase sempre trabalha aprimorando ideias lançadas por outras empresas.

Os resultados da pesquisa rejeitaram as visões simplistas que relegam a imitação a um posto de menor prestígio na atividade empresarial e na academia. Na pesquisa básica, tida como o universo nobre da geração do conhecimento, o pesquisador, em vários momentos, precisa apreender e repensar a tese de outros para evoluir em sua trajetória. Nas empresas, processo semelhante leva as empresas a incorporarem inovações disponíveis no mercado, para que sejam capazes de reprocessar e relançar produtos e serviços de nível superior.

Shenkar tomou a imitação como uma atividade complexa, que envolve ousadia e criatividade. Na economia, sem essa capacidade de absorção do novo, muitas vezes gerado por outras firmas, não haveria, por exemplo, o que simplificadamente se denomina de "transferência de tecnologia". As entrevistas de Steve Jobs (da Apple) sobre o iPad, ao relatar seu débito com o Kindle da Amazon (leitor de livro), ou o modo como incorporou e foi além das primeiras experiências de MP3 players, ou o sucesso do iPhone (anos após a existência do celular), ilustra o esforço criativo necessário para aperfeiçoar bens já disponíveis no mercado. Claro, é preciso estar em sintonia com as novas tendências para reprocessar produtos com charme e inteligência. Mas para isso o segredo nem sempre está na busca de alta tecnologia ou de inovações de ruptura, e sim na qualidade dos funcionários, da engenharia, na facilidade com que o conhecimento e a informação fluem no interior das empresas. Em ambientes abertos ao novo, a imitação não é vista como subproduto, mas como requisito para a inovação; não é estigmatizada, mas desejada.

Para países emergentes como o Brasil, cujas economias não atuam na fronteira do conhecimento, a imitação, longe de mostrar-se trivial, é atividade-chave para dinamizar a pesquisa e a competitividade das empresas. Principalmente porque pode viabilizar processos de aprendizagem tecnológica e de capacitação que seriam praticamente impossíveis de outra forma.

São vários os estudos que mostram como a China mantém há décadas um acelerado crescimento em muito baseado na imitação. O Brasil também fez - e ainda faz - uso intensivo desse recurso, ainda que não pareça ser motivo de orgulho. A Pesquisa sobre Atitudes Empresariais para Desenvolvimento e Inovação (Paedi), patrocinada pelo Ipea e pelo Cebrap mostrou como representantes de empresas (presidentes, diretores e gerentes) identificaram na inovação - via pequenas mudanças em produtos ou processos - a responsável pela geração de valor e de retorno do investimento.

Pelos argumentos de Shenkar ousaríamos dizer que muitas empresas brasileiras inovam ao imitar, mas nem sempre reconhecem a importância dessa escolha, dado o preconceito existente. Duas evidências da Paedi corroboram essa afirmação: 1) é alto o número de empresas que atribui importância à participação em feiras internacionais, em busca de novas tendências de mercado; 2) várias dessas empresas declararam sua intenção de competir no exterior. Para a economia brasileira, que tenta se livrar da tradição protecionista, a busca de contato e de absorção das práticas mais avançadas é passo essencial para a sua capacitação, diferenciação de seus produtos e salto para um desempenho sistematicamente inovador.

Não há receita milagrosa que leve à inovação. Mesclada com a boa engenharia, com maior investimento nas pessoas e gestão mais avançada, a imitação pode funcionar como peça-chave na elevação do padrão inovador.

No Brasil, o ambiente externo às empresas mudou para melhor nos últimos anos. Há muito ainda a fazer, principalmente na diversificação, desburocratização e ampliação das linhas e programas de financiamento. A universidade pode contribuir ainda mais para que a economia faça da inovação sua principal ferramenta de competitividade pois não há outro meio de elevar o padrão de competitividade da nossa economia, de quebrar a dependência das commodities e de sustentar o crescimento.

Valor 23.6.201o por:
Glauco Arbix é professor do Departamento de Sociologia, USP,
Zil Miranda é doutoranda do Departamento de Sociologia, USP. Ambos são pesquisadores do Observatório de Inovação do Instituto de Estudos Avançados-USP.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Luiz Bersou e Walter Lerner convidam

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Dentro das características de funcionamento do Centro do Conhecimento, você está convidado, a entrada é livre e o endereço é Rua Estados Unidos, número 865/889, estacionamento no local.

Dentro da linha de objetivos do Centro do Conhecimento do Conselho de Administração de São Paulo CRA-SP, entidade aberta a todas as profissões e preocupada com estruturação e sistematização do conhecimento com foco em gestão simplificada e de valor estratégico, estamos desenvolvendo trabalhos interessantes com foco de melhoria de gestão no setor saúde, agricultura de alto desempenho, gestão avançada de recursos humanos, como exemplo, entre outros. Nestes temas estamos focando “Competitividade”.

Dentro do lema “Inovação e Competitividade”, meta dos trabalhos do Centro do Conhecimento, estamos dando mais dinâmica às questões da “Inovação”, através de uma série de palestras sobre esta questão tão importante.

Conceituação da Inovação, caracterização dos ciclos econômicos da inovação e seus reflexos nas empresas, os ciclos de inovação de maturação rápida a partir da imersão profunda em clientes, a preparação da empresa para a capacidade de inovação constante e progressiva por meio da construção da cultura voltada para ser vetor da inovação, os conceitos David & Golias como fundamentos do equilíbrio entre capacidade para a inovação e capacidade para lançar a inovação de forma correta no mercado são alguns dos temas que estão em debates.

No próximo dia 17/06/2010, quinta feira, a partir das 18:30 horas teremos evento público com foco em inovação e Gestão Estratégica na Administração de Pessoas. O palestrante será o Dr. Helio Graciosa, presidente do CPqD, que abordará o tema Desafios das Organizações no Século XXI: O Papel Estratégico da Inovação.

O CPqD, Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Tecnologia na área de comunicação é um dos maiores centros de pesquisa do mundo e o principal centro da America Latina. Fica em Campinas, SP.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Grandes empresas têm investido mais em inovação

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Miguel Jorge: "O crescimento da demanda interna e as pressões de custo foram lembrados por 57% das empresas"

As grandes empresas industriais estão investindo fortemente em inovação para o lançamento de produtos e adoção de novos processos produtivos e têm planos de aumentar esse investimento, constatou a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em sua primeira "Sondagem de Inovação", divulgada ontem. Os resultados da sondagem, feita no primeiro trimestre com pouco mais de 300 das 1,65 mil empresas industriais com mais de 500 empregados, vão de encontro aos temores de "desindustrialização" no Brasil devido à valorização do real e ao aumento de importados.

"As empresas não apenas estão aumentando a produção de sua capacidade instalada como estão investindo para ampliar e modernizar o parque produtivo", resumiu o presidente da ABDI, Reginaldo Arcuri. "Um dos fatores mais notáveis é que 63,7% apontam as exigências dos clientes entre as razões para investir em inovação", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. "O crescimento da demanda interna e as pressões de custo foram lembrados por 57%", afirmou.

A revelação, pela sondagem, de que houve inovações tecnológicas em 71,4% das empresas pesquisadas foi interpretada por Jorge e Arcuri como reflexo das medidas de apoio à inovação editadas nos últimos anos, como a Lei do Bem, a Política de Desenvolvimento Produtivo, e instrumentos como o Cartão BNDES. "O conhecimento sobre os mecanismos ainda é o grande problema, é impressionante o desconhecimento dos empresários sobre o que têm à disposição", comentou Arcuri.

A sondagem constatou que 10,5% das grandes empresas lançaram inovações tecnológicas em seus produtos ou nos processos de produção que eram inexistentes no mercado nacional e 13,3% declararam que pretendiam fazer o mesmo no segundo trimestre. Entre janeiro e março, 48,6% das grandes empresas adotaram no processo de produção inovações disponíveis no mercado nacional.

O percentual das que aumentaram investimentos em inovação chegou a 34% e as que mantiveram investimentos somaram 47%. Apenas 12% reduziram o que investiam em inovação. O maior percentual de aumento nos investimentos em inovação foi provocado pela aquisição de máquinas e equipamentos, que aumentou em 47% das empresas pesquisadas.Valor9.6.10

Empresa elege inovação como foco exclusivo

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A Recepta biopharma é uma empresa brasileira de biotecnologia. Mas há uma definição mais precisa, dada por seu presidente, José Fernando Perez.

"Não somos uma empresa que faz pesquisa e inovação. Nós só fazemos pesquisa e inovação", ressalta, dando ênfase ao "só", para amplificar o foco absoluto do negócio.

A Recepta biopharma foi criada em 2005 a partir de uma parceria com o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, dos Estados Unidos, e se dedica à pesquisa e ao desenvolvimento de anticorpos monoclonais para utilização em tratamento da doença. Os anticorpos monoclonais, que vem se mostrando uma promessa na terapia do câncer, são moléculas biológicas com a capacidade de reconhecer e de se ligar a alvos específicos em tumores e estimular uma ação do sistema imunológico direcionadas apenas às células tumorais.

O Instituto Ludwig licenciou para a Recepta a propriedade intelectual de quatro anticorpos. Além deles, a empresa está trabalhando na geração de novos anticorpos de uso clínico e tem sua ação baseada em parcerias com universidades, institutos de pesquisa, hospitais brasileiros e a colaboração de cientistas estrangeiros. O objetivo é criar medicamentos eficientes e tratamentos mais baratos.

Na prática, a Recepta atua como muitas empresas americanas de pesquisa: faz a ponte entre o conhecimento, a pesquisa básica da academia, e o mercado, os laboratórios que irão produzir em escala comercial os remédios a partir das moléculas desenvolvidas e testadas por ela. "Investimentos cerca de R$ 7 milhões por ano", diz Perez. Ele destaca a mudança de cultura ocorrida no país nos últimos dez anos, com mais apoio à inovação e financiamentos públicos, como os da Finep.

"Sem isso, não existiríamos", diz o executivo. O campo de atuação da Recepta são as chamadas fase um e dois das pesquisas de desenvolvimento de fármacos, nas quais a empresa desenvolve e testa moléculas com eficácia comprovada para se tornarem remédios. A fase um é feita com um grupo pequeno de voluntários. Já a dois requer bem mais gente e conta com uma rede de hospitais parceiros. A fase três - a elaboração do medicamento em si para fins comerciais - já ocorre nos laboratórios farmacêuticos.

A Recepta tem um produto em testes avançados na fase dois, aquela na qual busca respostas clínicas dos pacientes para medir a eficácia da droga em itens como o controle da progressão da doença e aumento de sobrevida. Um teste clínico de fase dois leva em média, dois anos e meio. "Somos a primeira e única empresa brasileira neste estágio de pesquisa", lembra Perez. Até 2011, esses testes devem estar concluídos. O mesmo anticorpo está começando a ser testado em outra frente de pesquisa.

Perez acredita que em três anos a Recepta terá um produto pronto para ser negociado com uma grande empresa farmacêutica elaborar e colocar no mercado. Uma vez negociado seu produto, a Recepta recebe um determinado montante para permitir o licenciamento, depois parcelas intermediárias enquanto o medicamento não é lançado e finalmente, royalties. "Trata-se de um negócio com alto nível de incertezas, mas o potencial é muito grande. A população brasileira está envelhecendo e os casos de câncer, aumentando."

terça-feira, 8 de junho de 2010

Indústria farmacêutica precisa investir mais em pesquisa

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"A indústria farmacêutica tem que investir, senão ela morre" diz Jorge Kalil, diretor do Instituto do Coração

Depois de sofrer com a abertura comercial nos anos 90, a indústria farmacêutica brasileira tem recuperado sua força, mas ainda encontra um dos seus maiores desafios no desenvolvimento da pesquisa. O Ministério da Saúde investiu R$ 700 milhões nos últimos cinco anos com a contratação de 3 mil projetos de inovação. O valor ainda é baixo comparado ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, de cerca de R$ 3 trilhões, mas é um começo importante, avaliam especialistas presentes ontem no seminário "Caminhos para o financiamento e acesso à saúde", promovido pelo Valor em parceria com a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

O déficit comercial do setor é de quase US$ 3,5 bilhões. Mundialmente, a média de investimento em inovação da indústria farmacêutica alcança 21% de sua receita, enquanto outros setores investem cerca de 5%. "Essa indústria tem que investir, senão ela morre", diz Jorge Kalil, diretor do laboratório de imunologia do Instituto do Coração. Ele chama atenção para o fato de que, apesar do peso do PIB do Brasil no mundo, o país ocupa apenas a 17ª posição em pesquisa clínica de medicamentos, que é a aplicação assistida das drogas em pacientes.

Inovação farmacêutica é um investimento de alto risco, mas que garante retornos expressivos. Kalil conta que para desenvolver um medicamento, é preciso investir aproximadamente US$ 1 bilhão. "De 10 mil moléculas sintetizadas, apenas uma será comercializada", explica. Além do custo ser alto, um problema no mercado brasileiro é que o processo de aprovação de uma pesquisa clínica é muito longo - chega a até 14 meses, enquanto em países desenvolvidos o período é de três a quatro meses.

A concessão de patentes é outro desafio para a inovação farmacêutica que precisa ganhar mais agilidade e dar mais garantias aos investidores, segundo Jorge Ávila, presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Apesar do marco regulatório do setor ser moderno, Ávila diz que há uma série de restrições à concessão de patentes em biotecnologia que acabam gerando insegurança no mercado. "O processo leva cerca de cinco anos e a demora gera incertezas e inibe as pesquisas."

Segundo ele, manter restrições às patentes faz parte de um pensamento que considera o país mais como um importador de tecnologia do que investidor. Dessa forma, a patente significaria custo, e não incentivo. "Proteger a propriedade intelectual é importante para incentivar o desenvolvimento, e no Brasil há algumas deficiências nessa proteção", diz.

Mesmo com essas dificuldades, há casos de sucesso em investimento farmacêutico no país. Um exemplo é a Recepta Biopharma, empresa de desenvolvimento de pesquisa e testes clínicos de medicamentos para tratamento de câncer. Criada em outubro de 2006, ela é a primeira e até agora única empresa brasileira a conduzir a segunda fase de um teste clínico em pacientes de câncer. A empresa investiu R$ 18 milhões até agora, e neste ano deve investir mais R$ 7 milhões. "É um desafio grande, mas estamos num mercado em crescimento", diz José Fernando Perez, diretor da companhia.

Egresso da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), ele conta que um dos pontos importantes para desenvolver a inovação no setor é haver interação entre o universo acadêmico e a indústria. "Essa ponte ainda é muito incipiente no país", diz Perez.

Reinaldo Guimarães, secretário de Ciência do Ministério da Saúde, lembra que o setor farmacêutico está entre os seis estratégicos da política industrial brasileira. O próprio governo tem interesse em desenvolver tecnologia para reduzir os seus gastos com medicamentos, que hoje representam 13% do orçamento do ministério.

Segundo ele, há 17 acordos já assinados em cooperação com o setor privado para transferência de tecnologia, um investimento de R$ 850 milhões que deve gerar uma economia para o Sistema Único Saúde (SUS) de R$ 150 milhões na compra de materiais.
Valor 08.6.10

segunda-feira, 7 de junho de 2010

BNDES investe em empresa inovadora

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Originada de uma incubadora, a Enalta atua há dez anos no mercado com sistema de automação para implementos agrícolas voltados principalmente para a cana-de-açúcar, cultura importante na região de São Carlos
Depois de uma década investindo praticamente com recursos próprios, em janeiro a pequena empresa recebeu um aporte de R$ 500 mil do Criatec, fundo para investimentos em projetos inovadores. Com R$ 100 milhões, o fundo tem 80% dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 20% do Banco do Nordeste.
Com o aporte, o fundo ficou com 12,5% de participação na Enalta e o dinheiro novo serviu para viabilizar um novo sistema de gestão e controle das máquinas agrícolas voltado para os produtores rurais, informa Cleber Manzoni, diretor da empresa. A expectativa, diz, é dobrar o faturamento de 2010 em relação ao ano passado e o novo sistema de gestão deve ser responsável por um terço das receitas.
O Criatec faz parte dos programas para ampliação da inovação, uma das grandes metas da atuação do BNDES levando em conta a política industrial do governo federal. Mais do que isso, é considerado um ícone de como o BNDES conseguiu consolidar nos últimos cinco anos um papel no qual alia a aplicação de recursos em desenvolvimento e também o fortalecimento de outras formas de financiamento, como o mercado de capitais. "O BNDES deixou de ter o dilema de ser banco de investimento ou desenvolvimento. Ele conseguiu financiar empresas e programas sem concorrer nem predar o mercado de capitais. Pelo contrário, muitas vezes, o BNDES cumpriu o papel de financiador ao mesmo tempo em que fortaleceu o mercado", Mario Gomes Schapiro, professor da Direito GV. Apesar de ter poucos recursos na comparação com a capacidade de desembolso total do BNDES, o Criatec, diz, é um bom exemplo desse tipo de atuação porque tem propiciado investimentos em pequenas e médias empresas. Ao mesmo tempo há um fundo de investimento com gestão profissional que seleciona projetos com chances de retorno financeiro na alienação da participação.
O Criatec é um fundo de investimento que aplica recursos em participação de empresas nascentes com perfil inovador. Sob gestão da Antera e do Instituto Inovação, o fundo, desde que foi lançado, em 2007, aprovou projetos apresentados por 25 empresas e já investiu em 19 delas.
Daniel Matoso, supervisor de prospecção do Criatec, explica que o fundo investe em empresas com faturamento de zero a R$ 6 milhões anuais, com aporte inicial de até R$ 1,5 milhão. A venda da participação societária do Criatec pode acontecer entre dois a dez anos após o aporte de recursos. Ao mesmo tempo em que investe, explica Matoso, o fundo dá um "choque de governança". "A ideia é fazer com que uma tecnologia interessante possa ter mercado, com uso de instrumentos de inteligência financeira até o levantamento de canais de distribuição."
Cerca de 40% das empresas que receberam aportes do Criatec estão no interior paulista, mas há empreendimentos em estudo em regiões do Norte e Nordeste.
Valor 04.6.10