segunda-feira, 24 de setembro de 2012

BNDES x Inovação

O apoio à inovação é prioridade estratégica para o BNDES. O objetivo é fomentar e apoiar operações associadas à formação de capacitações e ao desenvolvimento de ambientes inovadores, com o intuito de gerar valor econômico ou social e melhorar o posicionamento competitivo das empresas, contribuindo para a criação de empregos de melhor qualidade, o aumento da eficiência produtiva, a sustentabilidade ambiental e o crescimento sustentado do País. O entendimento do BNDES é que a inovação pode ser tanto radical quanto incremental, desde que seja relevante para criar valor, aumentar a competitividade ou a sustentabilidade do crescimento das empresas e que envolva esforço adicional ao necessário para aumento de capacidade produtiva, expansão ou modernização. Para a realização do apoio à inovação, o BNDES busca atuar em consonância com as políticas públicas vigentes e de maneira complementar às demais instituições do Sistema Nacional de Inovação, atuando em todos os setores da economia, inclusive naqueles de baixa e média tecnologia, considerados mais tradicionais. As informações publicadas aqui também estão disponíveis na Cartilha de Apoio à Inovação (PDF - 584 kB). Mecanismos de Apoio O BNDES realiza financiamento de longo prazo, subscrição de valores mobiliários e prestação de garantia, atuando por meio de Produtos e Fundos, conforme a modalidade e a característica da operação. Os três mecanismos de apoio (financiamento, valores mobiliários e garantias) podem ser combinados numa mesma operação financeira, a critério do BNDES. Também são oferecidos Programas de Financiamento que podem se vincular a mais de um produto e visam a atender a demandas específicas, apresentando prazo de vigência e dotação previamente estabelecidos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Uma rede social onde só entra cientista



Ijad Madisch, executivo-chefe da ResearchGate: com 43 mil usuários cadastrados, cerca de 3% do total, comunidade científica brasileira atrai atenção
Todos os dias, entre quatro e cinco mensagens chegam à caixa postal de Fabiana Soares, vindos de uma rede social na qual ela entrou recentemente. Pode parecer um movimento pequeno para quem se acostumou ao Facebook ou ao Twitter, mas as mensagens não são as fotos de amigos em férias nem as "cutucadas" que costumam movimentar essas redes. Doutoranda em ciências farmacêuticas e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Fabiana é procurada por pessoas que querem conhecer melhor seu trabalho sobre modificações em óleos e gorduras. Os interessados são pesquisadores que, como a brasileira, fazem parte da ResearchGate, uma rede social na qual cientistas de todo o mundo podem trocar informações sobre seus estudos, em várias áreas de conhecimento.

Fundada em 2008, a ResearchGate permite a seus membros criar um perfil com informações acadêmicas, profissionais e de pesquisa. É possível também seguir outras pessoas, publicar trabalhos, participar de grupos de discussão e obter informações sobre conferências e ofertas de emprego em instituições de pesquisa.

Por Felipe Machado | De São Paulo Valor 07.02.2012

A ResearchGate reúne atualmente 1,4 milhão de participantes, provenientes de 192 países, segundo dados da empresa. A meta é conectar 8 milhões de pessoas, o equivalente a cerca de 80% da comunidade científica mundial, até o fim de 2013.

"Por volta de 90% dos cientistas querem compartilhar informações", afirma ao Valor, por telefone, Ijad Madisch, fundador e executivo-chefe da companhia. Dono de um PhD em virologia, Madisch teve a ideia de criar a rede quando precisou de informações para uma de suas pesquisas.

O site funciona graças a aportes financeiros feitos por empresas de investimento. Entre eles estão os fundos Benchmark Capital, que aplicou dinheiro no Twitter, e a Accel Partners, que apostou no Facebook, entre outros sites. Ainda não há um modelo de negócios definido. A prioridade, diz Madisch, é aumentar o número de usuários.

Com mais de 43 mil pesquisadores inscritos na rede, cerca de 3% do total, o Brasil é um dos países cuja comunidade científica em expansão atrai a atenção da ResearchGate.

Para Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a troca de informações durante o trabalho de pesquisa é uma exigência da atividade. Não existe nenhum "laboratório tão amplo que seja capaz de reunir todas as metodologias de que um cientista precisa", diz a pós-doutora em biologia.

Contatada na semana retrasada por cientistas de Harvard e da Universidade de Boston interessados em conversar sobre uma publicação, Helena também consulta trabalhos de colegas para obter abordagens diferentes para seus temas de estudo. Os cientistas dos Estados Unidos, diz ela, interagem mais que os brasileiros.

O intercâmbio internacional é uma questão cada vez mais relevante nos meios acadêmicos. Jerson Silva, diretor da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e diretor científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), também considera que a troca de informações poderia ser maior no país. Ele cita o empenho crescente da China em fazer com que seus alunos sejam treinados no exterior.

Na ResearchGate, com sede em Berlim, a expectativa é transformar a rede em um negócio rentável, mas ainda não há previsão de quando a empresa se tornará lucrativa. Entre as ideias para remunerar o site está fornecer sistemas de comunicação para grandes instituições de pesquisa, como universidades. Os pontos de atração seriam ferramentas para aumentar a produtividade, como a possibilidade de gerenciar o uso de laboratórios virtualmente. Outra possibilidade em estudo é criar um sistema de publicidade de itens usados por pesquisadores - como livros, vírus e culturas de bactérias - o que Madisch compara a "uma Amazon.com para a ciência". As empresas pagariam para ter seus produtos anunciados, que seriam avaliados pela comunidade da rede social.

Madisch reconhece que o ResearchGate ainda precisa evoluir em termos de funcionalidades. Várias mudanças estão previstas para março. Entre elas, o lançamento de um sistema para conhecer a reputação dos pesquisadores. Segundo o executivo, um cientista demora, em média, sete anos para fazer suas primeiras publicações. Durante esse período, ele precisa mostrar seu trabalho de alguma forma.

No Brasil, a plataforma virtual de currículos Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é o balcão que os pesquisadores procuram para conseguir informações sobre seus pares. O sistema da agência de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia permite criar perfis com dados sobre formação e trabalhos dos cientistas. Helena Nader, da SBPC, se diz "dependente, no bom sentido" do recurso. Pós-doutor em bioquímica, Silva, da ABC, também tem suas atividades registradas no sistema. Fabiana, outra pesquisadora com currículo na plataforma, diz já ter usado o recurso para saber mais sobre as linhas de pesquisa de professores.

Os três pesquisadores são favoráveis às facilidades dos meios digitais, mas também fazem uso de mecanismos tradicionais para manter contato com outros cientistas, o que inclui a velha prática da conversa pessoal nos intervalos dos congressos científicos. Foi justamente após retornar de um congresso nos Estados Unidos que Fabiana recebeu um e-mail com o convite para participar da ResearchGate. A doutoranda gostou da ideia e convidou seus colegas da USP a aderir à novidade. Hoje, ela já tem mais de 100 seguidores virtuais no site.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Onde nasce a tecnologia



Ao redor de universidades, empresas inovadoras são criadas em vários pontos do País


SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Apesar de ser a grande referência mundial de alta tecnologia produzida no Brasil, a Embraer não costuma parecer bem colocada nos rankings de inovação. A empresa costuma ficar atrás até mesmo de companhias do setor de commodities, com petróleo, mineração e agronegócios.

Embraer criou torneio de inovação para seus cerca de 400 profissionais de TI
Em rankings gerais, a Embraer normalmente é penalizada pelo ciclo longo de desenvolvimento de produtos do setor aeronáutico, que pode chegar a 20 anos. Um dos indicadores mais usados para se medir a inovação é a participação de produtos novos (lançados nos últimos três a cinco anos) no faturamento e no resultado.

Isso faz com que a Embraer não pareça bem. As empresas de internet do Vale do Silício costumam adotar palavras de ordem como "fail fast, fail forward" (fracasse rápido, fracasse adiante). Uma fabricante de aviões, como a Embraer, não pode se permitir adotar slogans como esses.

Quando o ranking é setorial, por outro lado, a Embraer acaba ficando muito próxima da média, já que tem um peso imenso no setor aeronáutico brasileiro. Mais uma vez, acaba sendo prejudicada pelas particularidades da área em que atua.

No começo do ano passado, a Embraer finalizou um diagnóstico sobre a situação da inovação na empresa, e chegou à conclusão de que as atividades inovadoras estão muito concentradas na engenharia, no desenvolvimento dos produtos. A partir dessa conclusão, a empresa começou a criar programas para incentivar a inovação em outras áreas, como comercial e marketing.

"Basicamente, a empresa foi criada para desenvolver tecnologia, e sempre foi muito forte na área de produtos", disse Hermann Pontes e Silva, vice-presidente de sustentabilidade da Embraer, também responsável por inovação. O executivo apontou que o mercado passa por grandes mudanças. A configuração atual - em que, numa ponta, concorrem Boeing e Airbus e, na outra, Embraer e Bombardier - deve mudar rapidamente. "Chineses, russos e japoneses vão entrar nesse mercado nos próximos anos. Para nos prepararmos, precisamos oferecer melhores serviços e mudar até a própria forma comercializar nossos produtos."

A Embraer criou um torneio de inovação para seus cerca de 400 profissionais de tecnologia da informação, que enviaram ideias de aplicativos para telefones móveis. O vencedor foi um aplicativo de plano de voo para o avião Ipanema. Em janeiro, a empresa vai lançar um segundo torneio de inovação, só para os funcionários da unidade de Gavião Peixoto (SP).

Polos. A Embraer é a face mais visível do polo de tecnologia de São José dos Campos (SP), que se desenvolveu ao redor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O Vale do Silício, principal polo de tecnologia dos Estados Unidos, nasceu da relação entre universidades, empresas e governo. Não foi resultado de uma política pública, mas, sem o investimento do governo em pesquisa nas universidades; compras públicas, principalmente do setor de defesa; e uma estrutura tributária favorável ao investimento, a história poderia ter sido outra.

Desde a fundação da HP, na cidade de Palo Alto, em 1939, as empresas foram surgindo ao redor da Universidade Stanford (e da Universidade da Califórnia em Berkeley), num ciclo virtuoso em que empreendedores alcançam o sucesso, se transformam em investidores e financiam uma nova onda de empresas iniciantes.

O Brasil tem vários polos tecnológicos, ainda que nenhum da estatura do Vale do Silício. Cidades como Campinas, São José dos Campos e São Carlos (SP), Porto Alegre e São Leopoldo (RS), Campina Grande (PB), Recife, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, têm visto surgir empresas de alta tecnologia ao redor de suas universidades, e conseguido atrair centros de pesquisa de multinacionais.

Gargalos. Startups são criadas com entusiasmo em várias cidades do País, mas há limitações evidentes nesse cenário. Uma delas é o porte das empresas. Com algumas poucas exceções (como a Embraer, em São José dos Campos), as empresas brasileiras mais bem sucedidas, surgidas nesses polos, têm dificuldade de ultrapassar a faixa dos R$ 200 milhões de faturamento anual.

Uma das explicações poderia ser o foco dessas empresas no mercado interno. A Embraer, que é a referência brasileira de alta tecnologia no mercado internacional, descobriu muito cedo que, para se viabilizar, precisaria vender aviões para o mundo. Antes dela, outras fabricantes surgiram ao redor do ITA, mas não tiveram sucesso, sendo extremamente dependentes das compras governamentais.

Outra explicação seria a falta de investimento adequado. As empresas iniciantes ainda são muito dependentes das linhas de crédito oficiais, oferecidas pelo BNDES e pela Financiadora de Projetos (Finep), do Ministério das Ciência, Tecnologia e Inovação.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas apontou que, em 2009, havia US$ 36,1 bilhões investidos em venture capital (capital de risco) e private equity (investimento em empresas de capital fechado) no País, um crescimento de 29% sobre o ano anterior. Pode parecer bastante, mas não é. Esse montante representava 2,33% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, quando a média mundial é de 3,7%. Os Estados Unidos estão na média. Na Inglaterra, o investimento chega a 4,7% do PIB e, em Israel, a 4,2%.

Esse cenário começa a mudar com empreendedores que se tornam investidores. Em Campinas, um grupo de cerca de 40 empreendedores resolveu se reunir para investir em startups, criando a Inova Ventures Participações (IVP). O professor Silvio Meira, do Recife, se aposentou da Universidade Federal de Pernambuco e formou a Ikewai, para apoiar empresas de tecnologia. Em São Paulo (que é um também grande polo de tecnologia), Cassio Spina, fundador da Trellis, criou a Anjos do Brasil, para investir em startups.

Renato Cruz, de O Estado de S. Paulo 07 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Inovação vira sinônimo de conveniência

O mundo da tecnologia da informação é repleto de siglas misteriosas - muitas delas acrônimos de expressões em inglês, igualmente obscuras - o que costuma manter à distância qualquer um que não trabalhe diretamente na área. Quem, afinal, quer se chatear com coisas como ERP, BI ou CRM?
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É bom se preparar porque em 2012 essa sopa indigesta vai ganhar novos elementos. Termos como HTML 5 - um padrão que facilita o acesso a aplicativos por meio de dispositivos móveis - podem não virar assunto para a conversa de bar, mas você vai ouvir falar cada vez mais sobre eles.
Da lista das 10 tecnologias que prometem dominar o cenário este ano, metade delas é identificada por siglas: além do HTML 5, estão na relação NFC, Wi-Fi, 4G e NUI.

"Em 2012, não haverá uma grande novidade, mas a concretização de uma série de tendências já vistas", diz Fernando Belfort, analista sênior da consultoria Frost & Sullivan. "O que vamos ver são grandes casos de implementação dessas tecnologias."

A boa notícia é que, a despeito do susto inicial que as siglas provocam, a maioria das inovações tem por objetivo tornar mais fácil a vida do usuário, em casa ou no escritório. A regra seguida por programadores e engenheiros de sistema é a da conveniência a qualquer custo: fazer com que o consumidor tenha tudo à mão - e, em alguns casos, até sem a ajuda dela.

Não entendeu? É isso o que propõe a NUI, sigla para Natural User Interface. A ideia é permitir que, ao lado do teclado e das telas sensíveis ao toque, o usuário possa controlar seus dispositivos com a voz, ou com movimentos do corpo, como ocorre no Kinect, um sensor do console Xbox.

Os comandos de voz, em particular, são um sonho antigo. Anos atrás, a IBM chegou a lançar um produto comercial com esse fim. Não deu certo. O assunto parecia esquecido até que, no ano passado, a Apple anunciou o sistema Siri como uma das principais inovações de seu novo iPhone 4S. O sistema chegou ao Brasil com o lançamento do aparelho no país, em meados de dezembro, mas em inglês.

Melhor fez o Google. Discretamente, a companhia lançou para o iPad um aplicativo de busca na web, acionado por voz, no qual o usuário pode configurar o idioma preferido. Português é uma das opções e o sistema funciona bem, se não houver ruídos de voz ao redor, como o barulho da TV.

E que tal usar o celular para pagar o metrô, sem usar bilhete? É o que a MTA, órgão que administra os transportes em Nova York, pretende começar a testar, depois que fechou um acordo com a fabricante finlandesa de celulares Nokia. Por trás do serviço está o padrão NFC (sigla em inglês para comunicação de curto alcance). Basta aproximar o telefone da catraca para ter o acesso liberado - se você tiver créditos, claro. Não se trata de uma iniciativa isolada. Companhias como Samsung e HTC também já anunciaram que vão investir no padrão.

Como se vê, a ideia é tornar a vida mais leve - e essa não é uma figura de expressão. Quem já precisou andar de um lado para o outro com um notebook pesado a tiracolo sabe como isso é difícil. Os netbooks foram uma tentativa de reduzir o peso dos equipamentos. O problema é que reduziram também a capacidade de processamento. O resultado, a despeito do sucesso inicial, é que os netbooks estão na rota do esquecimento.

A indústria, agora, aposta nos ultrabooks - computadores muito finos e leves, mas com a maioria dos recursos de um notebook normal.

Essa nova categoria de equipamentos pode ganhar força adicional com uma das estreias mais aguardadas do setor: o Windows 8. A Microsoft ficou atrás na guerra dos dispositivos móveis, como tablets e celulares. Com o novo sistema, espera ingressar definitivamente nessa guerra. Uma versão de teste é esperada para fevereiro, com o lançamento oficial no fim do semestre.

Com uma aparência que lembra tijolos digitais, em vez das tradicionais janelas, a expectativa é que o Windows 8 seja muito intuitivo - leia-se fácil de usar -, com a vantagem de funcionar tanto nos computadores tradicionais como nos dispositivos móveis. A diretriz na indústria de tecnologia é unificar.

Isso vale para a sala de estar. Até agora, quem queria ver filmes comprava um aparelho de DVD, fãs de novelas ou futebol sentavam-se à frente da TV e internautas preferiam o computador. As smart TVs, outra tendência de 2012, combinam isso tudo. O espectador vê a programação normal, mas também consegue acessar vídeos no YouTube e comprar filmes e séries disponíveis em serviços como o da brasileira Netmovies ou da americana Netflix, que chegou ao Brasil em 2011.

A computação em nuvem dá o tom das transformações. O modelo, que prevê o acesso a dados, softwares e conteúdo via internet, sem que nada disso esteja no dispositivo do usuário, já é um ponto central na estratégia das companhias, mas também vem mudando a vida do consumidor, que passou a usar a nuvem para armazenar fotos, vídeos e documentos pessoais.

A explosão do volume de dados na internet, porém, vai exigir o reforço das empresas na adoção de tecnologias de comunicação. Duas delas merecem atenção especial: o Wi-Fi e a 4G, que também estão na lista de 2012. "A mobilidade e o uso de software e serviços na nuvem exigirá investimento na infraestrutura de conexão", afirma Belfort, da Frost & Sullivan.

Antecipar tendências em um setor dinâmico é sempre arriscado. Mas das dez tecnologias indicadas pelo Valor no ano passado, nove foram bem-sucedidas: tablets, aplicativos, banda larga, serviços on-line, acesso ao conteúdo de TV por vários meios, redes sociais, smartphones, mapas digitais e clubes de compra. Algumas delas retornam à lista deste ano, caso dos aplicativos, ou servem de base a tópicos como smart TVs e a nuvem.

A exceção que não se cumpriu foi o 3D. Depois de fazer sucesso no cinema, com "Avatar", a tecnologia espalhou-se por notebooks e televisores. Novos produtos do tipo continuam chegando às prateleiras, mas a falta de conteúdo específico e a necessidade de usar os óculos especiais parecem manter o consumidor afastado. Afinal, quantas pessoas você conhece que usam 3D em casa?

Por Cibelle Bouças, João Luiz Rosa e Moacir Drska | De São Paulo/ Valor 02.01.2012