terça-feira, 11 de maio de 2010

Sebrae/RJ assessora empresas a participarem de editais

É preciso estar atento às exigências das instituições de fomento. Segundo a Finep, em média, 35% dos projetos são rejeitados por não estarem de acordo com as regras dos editais

Inovar faz parte da natureza das micro e pequenas empresas em estágio inicial, já que elas estão mais dispostas a correr riscos. Mas, para isso, são necessários recursos financeiros.

A Financiadora de Estudos e Projetos, do governo federal (Finep), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e o BNDES oferecem linhas de crédito ou lançam, com certa frequência, editais que incentivam a inovação nos pequenos negócios.

Mas é preciso estar atento aos prazos, no caso dos editais, e, em muitos casos, buscar ajuda para se adequar às inúmeras exigências das instituições de fomento. A PHDsoft é exemplo de que é possível. A empresa acaba de receber R$ 500 mil do Edital Rio Inovação, da Faperj, para desenvolver um software de gestão da integridade de usinas nucleares. O diretor da PHDsoft, Duperron Marangon, conta que, desde que foi criada, a empresa obteve recursos participando de vários editais.

Tudo começou em 2000, quando ela recebeu uma verba de R$ 150 mil da linha Venture Capital, de capital de risco, da Finep, que permitiu sua formalização e o fechamento de contratos importantes: "A partir daí, a empresa dobrou seu faturamento a cada ano, e hoje temos uma tecnologia que é a líder mundial", comenta Marangon.

Outro exemplo dos resultados do fomento à inovação é a Polinova, especializada em materiais plásticos, que surgiu em 2004, incubada na Coppe/UFRJ, desenvolvendo produtos para outras empresas.

Dois anos depois, os sócios vislumbraram a possibilidade de desenvolver sua linha própria de produtos, e não somente ser uma terceirizada. Só que a empresa não tinha capital para investir nessa empreitada. Era o primeiro ano do Rio Inovação e o projeto foi aceito pela Faperj, recebendo R$ 175 mil.

Agora, em 2010, a Polinova conseguiu aprovação em outro edital da Faperj, para pesquisar o desenvolvimento de reparos plásticos no setor de petróleo e gás, e quatro bolsas do CNPq para profissionais especializados na área. Hoje, a Polinova é a única empresa do País que desenvolve massas epóxi de alto desempenho para o setor de petróleo e gás.

Sebrae/RJ presta assessoria para quem quer participar de editais

É claro que participar de editais de financiamento ou de subvenção não é fácil. Dados da Finep revelam que, em média, 30 a 35% dos projetos submetidos à sua avaliação são rejeitados por não estarem de acordo com os editais. Esse quadro levou o Sebrae/RJ a estruturar o Programa de Assessoria para Editais de Financiamento (Paef).

O objetivo, explica o gerente de Inovação e Acesso à Tecnologia da instituição, Ricardo Wargas, é contribuir para democratizar o acesso a financiamentos governamentais. Mas o Paef não se limita a ajudar a preencher os formulários de forma correta: o programa também aponta possíveis melhorias nos projetos apresentados.

"No último Edital Rio Inovação/Pappe Subvenção, de 260 projetos que assessoramos pelo Paef no estado, 204 foram aprovados. Agora, o Sebrae Nacional quer replicar o programa para todo o País", conta Wargas.

(Fonte: O Globo - 09/05/2010)

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